23 maio, 2011

Nada não...

Era uma tristeza daquelas que vem sem nenhuma espécie de aviso, em noites sucessoras de um Dia Bom.

Não tinha motivo (além da depressão, tão desnecessário quanto inevitável que o mundo me causa) aquela tristeza de olhar longe e canto de boca baixos, feito bico de criança inconformada. O olho chegou a arder, de tanto tempo que fiou olhando o Nada. Sabe, fazia tempo que o Nada não me ardia.

Já comecei o dia a olhá-lo e pensei em não sair de casa. –olhar o nada pela janela do ônibus, arde ainda mais- pensei.-

Avisei a ela:

-Não vou a aula!

Ela me chamou pra aula dela.

Pensei que vê-la, fosse melhor que ficar com o corpo encolhido na coberta, como o planejado. Respondi que sim, me aprontando rápido e saí. Como já previsto, eu vi o Nada pela janela corrida do ônibus e em algumas pessoas também pude vê-lo.

Ela me viu e sorriu.

Ele, o Nada, se ausentou ao vê-la.

Conversamos um pouco, rimos...o ônibus andava...e quando o nada começou a se aproximar da janela, eu fechei os olhos e encostei a cabeça no ombro dela. Acho que ela nem sabe que afugenta o Nada de mim.

Andamos, comemos, rimos...olhamos uma pra outra com aqueles olhares que buscam uma explicação em braile...

Estávamos agora sentadas, assistindo, e quando meus dedos sentiram sua pele, eles sorriram. Sua mão brincou um pouco com a ponta dos meus dedos e com meu rosto. Foi o primeiro sorriso de verdade sentida daquele dia.

Eu fiquei tranqüila, sabia que enquanto ela estava ali, do meu lado, aquele Nada Triste, não se atreveria a chegar perto. Pela madrugada, ele voltaria de certo, mas sei que fechar os olhos e pensá-la, ajudava a espantá-lo.

(Zana Candido)



13 abril, 2011

Melódica...


Madrugada sem sono...
Dizem as más línguas, ser coisa de músicos e dizem os músicos, ser coisa da boemia.
Seja como for, essa noite esta cheia de notas que eu não encontro para pautá-las.
Cheia de virgulas que eu não sei onde por.
Parece que minha cabeça tem um aglomerado de sons esperando que eu os ordene.
Conto os dias me escalando na forma melódica que penso no sorriso dela, na dissonância que a TV me causou, quando pela manhã meus acordes são menores ou maiores. Termino pedindo que minha 5º seja justa e a 6º maior. tudo enquanto espero aquela melodia dos olhos daquela tal menina que harmoniza meus dias!

(Zana Candido)

22 março, 2011

...


Fiquei pensando no seu sorriso.

Naquele jeito que você ficou me olhando

Quando em cima de mim,

eu acariciava duas coxas

que estavam abraçando minha cintura.

Aquele som que você fez

Ao tentar falar algo entre

“ai”, “au” ou “ain”.

Eu quero mais uma vez

Você segurando meu braço

Firme

Enquanto você dorme.

Para que eu não parasse

De te abraçar.

Quero você falando mole

E me pedindo massagem

Com aquela carinha manhosa.

Ficar lembrando do seu corpo respirando

Num ritmo que eu acompanhava

Vendo seu busto seguindo o ar.

Seu corpo deitado entre minhas pernas

Enquanto eu te acariciava o couro cabeludo...


(Zana Candido)

14 dezembro, 2010

.


Ai...Esses dias de chuva me fazem querer-te ainda mais.
Quando o céu parece chorar, só o quero é estar grudada a ti.
Quase impossivel olhar a chuva ritmada na janela e não pensar em ir junto aos ventos te ver.
Minhas mãos que correm o violão
Se insatisfazem ao toca-lo e não a você.
-Dedilhar uma musica no violão,
dedilhar os seus cabelos...
-Tocar o violão,
tocar-te...
Desculpe violão meu,
Mas você perderia.
Olhando pro mar é que eu percebi
Que queria ver o seu sorriso junto daquelas ondas
E os seus cabelos naqueles ventos.
Ai desses dias de chuva...


(Zana Candido)

07 novembro, 2010

.


. Isso.

Algo no meio desses quereres antigos/atuais

. Isso.

Penso em ti e me vem melodias na cabeça, como se já estivessem com as partituras desenhadas no ar. Vejo algo a mais agora. Como se antes também as visse, mas não as quisesse olhar.

Quando as coisas estavam num ritmo, num outro ritmo e já se estava acostumada com aquele ritmo sem verdade, você apareceu, assim do nada, me desritmando as batidas do peito. Que ainda aceleram, fazendo brotar sorrisos e mais sorrisos fora de hora.

*que não há de se ter momento certo pra sorrir de verdade*

Acordei desritmada...

Coçando a parte de traz da cabeça, esfregando os olhos, estralando os dedos os pulsos o pescoço as costas...esticando o corpo...ahhh Aquele bocejo!

Tomei um gole daquele bom e velho café e coloquei a canção pra berrar.

Samba, Jazz, Mpb...Berrando, cantando, dançando.

O céu azul e o dia quente.

O vento movimentava meus cabelos, os pêlos da minha gata, os galhos das arvores e as rabiolas nas fiações das ruas...

Mas não um vento qualquer...e sim um vindo de um pedaço de gelo.


(Zana Candido)

21 outubro, 2010

.

.
.
.
"As flores dessas árvores depois nascerão mais perfumadas."

(Manoel de Barros)
.
.
.

04 agosto, 2010

.

.
Eu tô tentando largar o cigarro
Eu tô tentando remar meu barco
Eu tô tentando armar um barraco
Eu tô tentando
Não cair no buraco...

Eu tô tentando tirar o atraso
Eu tô tentando te dar um abraço
Eu tô penando
Prá driblar o fracasso
Eu tô brigando
Prá enfrentar o cagaço...

Eu tô tentando ser brasileiro
Eu tô tentando
Saber o que é isso
Eu tô tentando ficar com Deus
Eu tô tentando
Que Ele fique comigo...

Eu tô tentando entrar em forma
Eu tô tentando enganar a morte
Eu tô tentando ser atuante
Eu tô tentando ser boa amante...

Eu tô tentando
Ser feliz
Eu tô tentando
Te fazer feliz...

(Kid Abelha)

24 maio, 2010

li.



...Percebi erroneamente,
Tudo que me esforçava a não notar.
Os olhos e as sensações percebiam mas ignoravam. Seu sorriso tava mesmo me guiando, não tinha maiores preocupações...Era Tarde, o dia havia sido ótimo. Cheio dos nossos suspiros e pieguices particulares. Então eu li, e me deu medo. Aquelas palavras que eu li, foram como umas pedrinhas trincando meu sorriso.

Medo sim, até de te falar do que li.
Eu não quero te perder
Tão pouco quero te prender...
Gosto do teu cheiro
Teu rosto
Teus jeitos
Calor
Beijo
gemido
sentido
sorriso
suspiro
abraço
sussurro
toque
carinho
da sua manha
de sua face e suas facetas
Se for pra falar do que eu quero de ti, até tua digital esta incluída.
Mas de fato não quero te sobrar. A sua leveza me encanta, a sua voz me canta. E eu sinto sua falta, tanta! O que posso dizer? Apesar de te querer tanto, e saber que esse tanto é muito, não quero te sobrar. Eu não quero te prender, nem tão pouco te perder.

Zana Candido 25-05-10

19 abril, 2010

...Tempo?


Relógio,
Ponteiro amigo
Só me deixe com essa felicidade
O Maximo que seus ponteiros agüentarem
Me deixe respirar esse cheiro de flor,
Sentir esse gosto de amor
Passa o tempo sem pressa ta?
É que faz tempo que eu não canto assim...

25 janeiro, 2010

Você,
Sua cintura,
Minhas mãos
E aquela parede...
Por segundos fracionados, foi a imagem perfeita na minha mente...até eu balançar a cabeça e voltar a cena real daquele corredor, que seria perfeito com a união das minhas mãos, você, sua cintura e aquela parede...

...senti falta do arrepio e do latejar no peito, que a sua proximidade me causa... Depois de alguns momentos de uma espécie de tortura...tinha me esquecido desse imã que me da vontade de te grudar em paredes...

Zan's 25-01-10

17 janeiro, 2010

"Tô te esperando na janela..."


Hoje estou sem pressa, não faço questão de engolir o não mastigado.
Quero caprichar na letra, no tom, no olhar...
Quero degustar esse tempero.
È que ontem um pássaro pousou a minha janela e parou. Ele tinha o horizonte inteiro pra voar, mas parou com toda a graça do mundo, exatamente na minha janela.
Andou de ponta a ponta observando o quarto, soltando pequenos pios soluçados.
A forma que ele andava naquela janela, sem pressa nem motivos visíveis, me fez entender...
Algum tempo depois ele voou, foi de encontro ao horizonte com toda a harmonia possível.
E é assim que eu estou hoje, andando pelo parapeito enquanto não vou beijar o horizonte.
.
..
...
Zana Calin_Nazar

20 dezembro, 2009

Indo...

*explicando...Desculpem o texto escrito as pressas...Adiantaram minha viajem. Só quero deixar aqui, os meus mais sinceros e felizes abraços a duas aniversariantes de Dezembro, que eu amo muito.

1º Narayan. Uma menina, um presente, uma prenda, uma pinta, uma? não, várias...Essa Narayan é mais do que um presente na minha vidinha por vezes sem cor que ela me faz colorir.Nah, Parabéns e quando eu voltar, te abraço e te dou o presente...desculpe a ausência...

2ºBrabuleta, Flor, Bruna...A minha flor mais linda do mundo, Bruh, (enquanto houver vc do outro lado, aqui do outro eu consigo me orientar...) Vc é minha bruxa, amiga, mulher, menina, pássaro, poesia, voz melosa e flor mais linda do mundo...Que faça mais muitos anos, e que voe caminhos mais altos do que possa imaginar...Te cuida daí, que eu sempre te cuidarei daqui!

3º..Se alguém perguntar por mim, diz que fui por ai levando um violão debaixo do braço...

08 dezembro, 2009

Pensando em...



(...) É que nesses dias
Minha pele me impulsiona a impaciência.
È só a boca seca
Que saliva ao pensar em instantes
De pelos e apelos mapeando corpos.
-Mapeando nossos corpos-

06 dezembro, 2009

Dia inerte...



Hoje o dia esta como um dia poderia estar.
Nada de anormal ou irreal.
Na verdade, eu que sempre enalteço o sentir, acordei sem muitos sentidos, não chorei nem ri. Saí da cama como quem só deseja ir ao banheiro, notei o atraso costumeiro sem nenhum alarde. Troquei-me como quem vai apenas comprar pão, penteei os cabelos como quem não deseja ser visto. E como que por inércia, fui pegar o ônibus.
Ao caminhar pela rua, notei o cadarço do meu tênis estava desamarrado, ignore-o, talvez um tombo me desse mais sentido que aquele ônibus que esperara. Sentei-me ao bando com as pernas apoiadas no banco da frente, uma latinha de coca-cola em mãos e o olhar um pouco mais longe que o limite da visão. Aquele carro que me levava com suas rodas, catracas e buzinas, tinha um caminho satisfatório a seguir. E eu, também o tinha?
Andei pelas ruas de forma tão despretensiosa, que qualquer lesma se arrastaria menos.
Conforme o tempo foi passando, sentia como quando estava sentada no ônibus, vendo a paisagem passando nas laterais da minha visão. E assim, o tempo passava, ás vezes voando, as vezes rolando, as vezes empurrando a barrigadas.
Nem os ventos, acreditem, nem o vento me arrepiava, acreditem. Se bem que...Acho que ele nem soprava.
Os segundos giram, viram minutos que viram horas, e parece que o vento ainda não bateu, se bateu,não senti, como era de se esperar.
O dia seca o olho
Mas não seca a sede.
Sede de tanta coisa...tanta?...
O Sol evapora a lágrima?, Então foi isso, só isso...
Não se engane ao ler esse texto, pensando que a autora que vos fala está á beira de suicídio. embora não seja essa uma idéia tão ruim assim...(subtos risos irônicos internos)
O sorriso salta do canto da boca, mas não se espalha. Sento na cadeira e logo as pernas demonstram a impaciência. Abro um texto pra ler e não o completo; Ligo uma música pra ouvir e a troco por um vídeo pra ver. Desisto e penso numa frase. A Frase me foge. Penso numa seqüência nova no violão e fico com o violão no colo pra ele me ninar enquanto entre tantas outras coisas que tentei fazer, fico apenas criando cenas na minha cabeça que gostaria que acontecessem, enquanto dedilho despretensiosamente o violão.
Bebo alguns goles de uma bebida barata qualquer, que não causa nenhum grande efeito. E eu sinto como se o tempo continuasse passando pelas laterais dos meus olhos, enquanto estou sentada aqui na cadeira do meu quarto.
Esse estado anestésico que me encontro, há de ter ao menos alguma
molécula de sentido.
Zan's Candido.

25 novembro, 2009

De novo não!


Não, não, não...
Não...
NÂO!
Não não não não não não...
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
NÂÂÂO...
...Já to vendo os sintomas...
-pensar nela antes de dormir
-ir só pra vê-la
-colocar as roupas que ela elogiou
-falar só o nome dela em qualquer outra conversa
-músicas que a lembram
-imaginar cenas conjuntas futuras...etc etc...
...Os sintomas tão ficando claros...
Não, Não, não...não
Não...não...não...
...NÂO!
(de novo não)



Zana Candido 26-11-09

23 novembro, 2009

Meus verdes ainda não maduros...


(...) “Foi quando eu percebi, no verde dos meus olhos, que eles não são maduros o suficiente para olharem sem quererem pra si.”

Querer um pedaço de tudo que vê e atiça
Querer experimentar o que alguém petisca
Ou um pedaço daquela boca que falou tão perto que quase...quase...
Talvez ver e querer pedaços não fosse um problema, até te ver...
Droga! porque não te quero apenas pedaço e sim inteira?
Querer um pedaço de você? Talvez...
Mas, pensar na sua boca da vontade do seu pescoço
E pensar na sua mão da vontade do seu cafuné
Pensar no seu corpo da vontade do seu abraço
Seu sorriso da vontade da sua conversa
Seu olho da vontade da essência
Seu gesticular da vontade dos seus cabelos
E o tom da sua voz da vontade da sua boca...
Como? Me diz como querer só um pedaço?
Na volta pra casa, tive uma breve discussão com meus olhos, os chamei de imaturos e os responsabilizei por ficar tanto com você na cabeça...
Eles me responderam com risos nas pupilas: -“boba, não percebe que o que esta sentindo, vai além de nossa miopia e astigmatismo? Nós só te mostramos...se quiser culpar alguém, culpe o coração então...” E voltaram a rir de mim...
Ai dos meus verdes ainda não maduros...
Zana Candido
24-11-09

21 novembro, 2009

Havia um sax no meio do caminho...


Ando achando que tudo é meio sem sentido.
Ando pelas ruas buscando estrelas
E só o que vejo são postes, semáforos e faróis...
Num instante tudo se perde e eu entro em uma rua errada.
Meu peito grita arrancando um berro empurrado pelo diafragma,
meio grunhido e sem sentido.
Parece que no meio tempo entre desilusões vontades reprimidas e faltas,
A frase a ser gritada, já não é mais a frase que se deva gritar.
Ando tropeçando pelas calçadas a olhar pro céu procurando a lua e
Vejo algumas pessoas vendendo chapéus, relógios, incensos, sanduíches, trufas...
Continuo andando e vejo um cara tocando “o bêbado equilibrista” no saxofone.
E naquele instante, algo entre os faróis, semáforos, chapéus, incensos e trufas, se tornou uma música toda cheia de estrelas e lua.
Então eu paro, fecho meus olhos para escutar a cidade.
È no meio daquela falta de sentido
Que eu me deixo sentir o sax,
A música me aguça...
Isso faz sentido?
Zana Candido
21-11-09

violar...


...Costumo não aceitar conselhos
E violar cada sentimento
Como por esporte, violo e afirmo:
-Assim como o violão, ás vezes desafino...¬¬


Zana Candido

...Porém


" -Se eu fosse mulher
Pintaria os lábios, os olhos
E ganharia amores
E até as mais impossíveis
Guerras com o olhar.
-Se eu fosse homem
Teria pelos na face,
Braços fortes
E com a voz grave
Mostraria uma firme
Suavidade ao mundo.
-Mas como eu sou um Beija-flor
Tenho penas, faço bico,
Beijo e canto enquanto vôo."


(Zana Candido)

20 novembro, 2009

poético?


É tarde.
O vento bate rapidamente pela minha janela
Tenho a nítida impressão de que tudo continua embaçado
Eu tento buscar saídas
E a cada meio caminho que acho, me perco.


O céu esta se dissolvendo lentamente
A chuva cai tão de mansinho que quase não se percebe.
O vento bate mais não esfria...

Meus pensamentos estão se dissolvendo lentamente
A lágrima cai tão de mansinho que quase não se percebe
O ar passa pelos pulmões, mas não motiva...

Minhas vontades estão se dissolvendo lentamente
Os motivos caem tão de mansinho que quase não se percebe
O sentido bate, mas não ativa...


Poético?
Não...
Patético!
E eu continuo...
Zana Candido

18 novembro, 2009

Porque mesmo?


Ai...ai...
Ai...
...ai...
Ui...hun...Ai...
Quantos gemidos e
Suspiros mais
Terei de gastar em silencio
Ao pensar em ti?
Ai...
Mais um dia inteiro se passou
E eu te resisti
A respiração aumenta
Palpita até o olhar mostrar
E eu disfarço...(talvez não muito bem)
Estranho ficar olhando teu corpo tão de perto
E ficar assim por mais de 20 minutos
Decorando suas pernas (Disfarçadamente?)
O tempo ta passando
E eu to te descobrindo
O tempo ta passando e eu to te resistindo
Porque? Até já esqueci porque te resisto tanto...
Mas um dia inteiro se passou e eu te resisti...
Mas...
Porque mesmo?
Ai...

15-11-09

Zana Candido

12 novembro, 2009

Seria por vc sim!


Ando meio assim...
Sei que a duvida e a cabeça zonza de idéia me faz isso.
Medo...confesso que minha alma medrosa tem medo de se enganar...
Seria simples. Mas você é passo sério.
Talvez se seu abraço não fosse tão abrigo, não me sentiria tão eu contigo.
Eu já aprendi a não querer quem não me quer...
Talvez por isso eu esteja gostando de você.
Ficas séria de longe
Olha e sorri com olhar baixo.
Parece que provoca, parece que invoca e no final será que não era nada disso?
É uma pinta
É um abraço
É um olhar
É a pele...
Sei...
E seria por você sim!


Zana's. 12-11-09

14 outubro, 2009

Já volto...


-Vou Lamber o Céu

Morder estrelas e

Aspirar brisas que só a noite pode trazer...

Na volta,

Que tal um pedaço de

Você?

22 setembro, 2009

Han.!


-Não preciso mais de cartazes e gritos de guerra
Algo aqui dentro me explica melhor.

17 setembro, 2009

Descobrindo...


.

.

.

...Descobrir a sede.
A falta
O tédio.
A dor
O medo da piada
A falta de interesse
O alívio da noite passada...
Descobrir a cabeça caindo no travesseiro e a cede que dá depois de buscar um remédio que me dê alegria. Depois da falta de sono, o tédio. Ai o tédio. Ter o mundo pra ganhar e não saber como concorrer. Total desfalque informativo de ação. E depois, gastar as horas mergulhado na cama, pensando que poderia estar fazendo algo, pensando em algo, querendo algo, quando esta apenas mergulhado na coberta, querendo que mais um dia passe, pra que o próximo seja interessante. Esse fase já devia ter passado, todos os poetas e escritores, todos os artistas deprimidos com sua grande arte já deviam ter secado todo esse tédio do mundo. Mas, não, eles tinham que deixar sua parcela de vão no mundo, para que pseudo-artistas como eu, possam fingir que algo é arte do meio do dia que não passa. Descobrir isso e não querer se descobrir na cama...=/


20-07-09
Zana Ro.

Tempero à gosto.


Gosto
Da
Gota
Do
Gosto
Do
Gesto
Do
Grito
Gemido
Grudado.
Gosto do seu gosto gravado em mim.
Grifado
Gozado
Gargalhado.
Gosto do gosto.
Gosto tanto do seu gosto que ele não se gasta.
Temperado
Apimentado
Doce
Amargo
Salgado.
Gosto do seu gosto...
Como e gosto...
...Gosto e como!
O gasto do gosto não gasta o gemido...
E como gasto esse gosto
Como e gasto esse gosto.

18 agosto, 2009


Você?
Porque um simples aceno
Sinal de fumaça
Mensagem
Ligação
Abraço
Olhar
Psiu
Viu
Ai.
Ou:
Oi
Vai
Foge
Busca
Engana
Esconde
Boomerang.
Sinal de desgraça
Porque um simples momento.
Você!

Zana Ro

19/08/09

15 agosto, 2009

.

Medi duas vontades
Observei atentamente mais dois medos
Foi quando percebi
Que nesse meio tempo
Medo e vontade se escorreram por nossos dedos

Conclui
Ambos pesam o mesmo desejo.




É corda bamba é terremoto...
Virou paixão ou será vertigem? To com vertigem de você
“Não confunda Labirintite com paixão”.
To tonta, rodando.
É tudo de você me fazendo rodar,
Fechem todas as entradas
Apaguem todas as luzes.
Fala pro sol voltar amanhã
Que hoje eu quero limpar a impressão de boba que ficou na minha face.

tô com vertigem de você!

Zana Rô

11 agosto, 2009

seguindo...


É que eu sigo seu olho
E ele se deixa seguir
Seja quando for
A minha mão se encaixa
Perfeitamente na sua nuca.
Os meus dedos já se acostumaram
Com a textura do seu cabelo
E meu olho segue...
(insistentemente confesso)
mas o seu se rende
Fixa o meu
Os dois se prendem
Mergulham
E é quando minha mão
Se encaixa perfeitamente no seu cabelo
E o momento que meu rosto se aproxima do seu
O olho...ai...
O olho se fecha
Ele conseguira enfim o que buscava.
Zana Rô.

07 junho, 2009

Antes que eu esqueça...


E era um sossego que não tinha


Eu estava ali
E aquele rapaz
Uma mesa de bar
Ainda nada de mais...


Você estava ali e me chamou
Não pensei em nada mais...
Só o que eu pensei Foi:
-Agora eu vou!

E era um sossego que não tinha

E antes que eu esqueça...
De tirar a mancha que você deixou...
E antes que eu esqueça de falar...
Você me encantou!

E era um sossego que não tinha.

um sossego que não vinha...

23 maio, 2009

Orbitando...


Eu?
Fraca esses dias
Não de músculos mesmo porque desses eu nunca fui provida.
As coisas voltam a não fazer sentido
E assim eu não sei pra onde ir.
A minha impaciência beija as horas, cospe os dias, e depois me manda sorrir.
Os ventos batem
As pessoas me falam do mal do mundo.
Me falam que ele já era
Me lembram que não vamos sair dessa com vida
E que o que resta é se entorpecer
E eu não agüento mais esse desmazelo
Essa certeza implicada de que se destruir não é tão mal assim
Devo mesmo estar em órbita contrária para não entendê-los
Mudei a rota, não sei quando,
Por que eu nunca entendi essa loucura.
Liberdade pra mim nunca teve a ver com destruição mutua.
E mesmo que hoje eu não esteja muito poética
As coisas voltam a não fazer sentido...
Eu
Fraca
Não
Coisas
Onde
Impaciência
Sorrir
Ventos
Pessoas
Falam
Sair
Agüento
Destruir
Contrária
Loucura
Liberdade
Nunca.
Poética?
É que minha impaciência anda beijando horas, cuspindo os dias e me mandando sorrir e acenar...

01 maio, 2009

Rojo


Foi olho na retina, você viu?
Eu vi!
Foi olho na pele
Foi olho tremendo e gritando
Foi o olho na voz
E tudo que antes vi, aconteceu.
Foi olho na alma
Uma viagem de olhares
Fracionada de segundo em segundo
Foi olho no olho
E a água na boca
Rendeu um gole seco na cerveja gelada
Foi o olho puxando a alma
Foi um olhar de convite
Tão instigativo que até o lábio se mordeu sozinho
Foi o olho cutucando a vontade
Foi o olho dando ar pros poros


Só. Talvez só os olhos...
Os olhos e os olhares
E mais uma infinidade de gostos,
Medos, convites e vontades...
Zana Rô

27 abril, 2009

versejar


Um verso só me basta
Até o próximo minuto.
Depois crio outro, ou.
Se quiser ler. Escuto.

Um verso de você
Um verso meio amador
Tendo isso tenho tudo
Já não quero cobrador

Um verso de um minuto
Um verso que não se mede
Um verso que mesmo pequeno
Seja forte e não me pese

Meu verso corre à noite
Ficou por aí versejando
Canta e voa quando quer
E acorda bocejando

Um verso é o que tenho
Agora nada mais posso ofertar
Você me quer um texto
E eu só quero versejar.


...DevaneAR...
VersejAR...
BoemiAR...
E mais uma infinidade de Verbos que me dêem Ar.


Zana Rô.


19 abril, 2009

...

Só to esperando o ar bater nos meus sentidos.
Esperando o ritmo tocar nos meu batimentos...

18 abril, 2009

Querência Assumida.


Eu Me rendo!
Quero me cobrir de clichês...
Eu simplesmente, absolutamente, Obviamente
Me Rendo com Um “R” Maiúsculo...
Quero me cobrir de clichês...
Não me caibo mais vazia.
E quero alguém que me ajude a preencher...
Não que eu não me valha
Nem que nada valha a pena, muito menos estou falando se minha alma é grande ou pequena...
Apenas assumo.
Quero me cobrir de clichês...
Nem que seja talvez até eu me encher deles,
Até eu não querer mais nada...
Só o que eu sei é que eu quero me cobrir dessas valas piegas.

(troca de flores, anéis e beijos)
E atente que ao gênero eu não vou contar.
Não quero Dar, nem emprestar...
Quero trocar!

Nadar em clichês, trocar sentimentos e o que Mais se quiser...

Só. Até cançar...

08 abril, 2009

Aprendiz Mágico...


O sorriso amarelo talvez combine com esse dia de calor sem vergonha
A cor do sol talvez realce a cor da minha alegria estampada,
Que talvez num futuro Eu transponha.

Depois que eu aprendi a me disfarçar
Todo sentimento gruda em mim. Nenhum tem medo de pular pra dentro nem pra fora Assim


Que cor ficará meu sorriso sem a mascara pra refletir?
Ai...pobre da minha mascara de cetim
Qualquer dia ela salta de minha face,
De certo pela insatisfação de me ajudar a esconder o que se passa em mim

Agora é tarde, já aprendi a disfarçar
E quando falar de teu afeto,
Eu vou sorrir, e não chorar...
Maldita hora que eu aprendi a disfarçar!

Depois que eu aprendi a disfarçar
Até eu comecei a acreditar em mim
Só não sei se é pra rir ou pra chorar
Pobre da minha máscara de cetim...






"Porra que merda...
Falar contigo ainda me acelera o coração e esfria o estômago
Eu disfarço,
Eu rio,
Eu falo de um caso
Pergunto do teu novo afeto
Confabulo
Finjo compreender,
Digo que estou bem,
E que nem quero amar...
Maldita hora a que eu aprendi a disfarçar..." (desabafo á parte)

09 março, 2009

A tua essencia...



A essência que salta de tuas palavras, é mais do que estou acostumada sentir...
Você anda me alimentando os sentidos, me acalmando as pressas...
Você anda me suprindo...me tirando as regras...

“Eu vou cuidar, eu cuidarei dele, eu vou cuidar do teu jardin"

16 dezembro, 2008

ops...


Ops...

Sonhei,

Cortei,

gostei...


Não é descaso ou desapego

Não é fuga não é medo...

Vou andando pela rua
Com a alma quase crua...

Um dia eu volto e saberei o que fazer.

05 novembro, 2008

Novembro...

A minha cabeça esta cheia de lembranças desse ano que voou, até meu estomago se encheu desse vapor...
Agora é esperar que os ventos de novembro levem essa fumaça, que me lembram tudo não passa...

15 outubro, 2008

Estrada


Que meu pé esta na estrada é fato, não nego.
Mas, das querenças o que me vale?
Realidade sempre foi o ponto, sempre foi à afirmação!
Mas as asas, que brotam da mente sempre apontam pra qualquer outra direção.
A verba é fraca, e a vontade é forte.
O sonho é alto e a queda é sempre consumida.
Mas, o meu pé sempre esta na estrada...
O caminho que ele segue é das vontades,
A realidade dele agora é a que o QUERER exige.
É lindo sonhar, e adoro a sensação de devaneio,
Porém, não espero sentada, o realizo ao meu modo, a minha maneira, a minha loucura!
(Qualquer dia desses boto o pé no caminho, na beira da estrada, faço meu ninho. Chinelo no pé, e mochila no ombro. Dou um passo pr’a queda e dois para o tombo).
Sonho, sonho e sonho...Contigo, com vinho e uma bom reencontro cósmico! ^^

11 outubro, 2008


Não quero.
Aliás, não é que não quero, é que não tenho.
Vou dormir.
Só me acordem quando...
Aliás, não me acordem.

10 outubro, 2008

Manisfestação!




Hoje haverá uma manifestação
Para tirar as tropas brasileiras que estão fazendo terrorismo no Haiti.
Convoco a todos que tenham consciência, bom senso, e que estejam revoltados com isso, a participarem conosco. Vamos todos a Av. Paulista para mostrar nossa indignação! Okay??
Estarei lá com a minha voz, meu corpo, minha indignação, e minha suposta esperança na humanidade!

Zan. Calin_Nazar.

07 outubro, 2008


A minha mágoa me deixou com dor de estomago
(...) muita dor!
A minha mágoa ta me impedindo de respirar direito
(...) falta de ar.
A minha mágoa decepcionou as minhas claves
(...) não sei tocar.
A minha mágoa me travou alguns sorrisos
(...) sinto informar.
A minha mágoa esburacou minha barriga
(...) sem se importar.
A minha mágoa, assim mesmo como amiga.
(...) Veio pra ficar.
A minha mágoa invadiu meus pensamentos
(...) não me deixa pensar.
A minha mágoa ta nadando em meus lamentos
(...) dá pra acreditar?

06 outubro, 2008


È apenas uma pequena tempestade!
Nada mais do que água caindo do céu!
Não penso mais em rimas
Apesar delas sempre surgirem num papel.


Os sinais que espero sempre que preciso estão lá
As cores que pergunto, também sabem pintar.
As notas que percebo, afino e reafirmo,
Ás Posto em uma escala e subo sem semi-tonar

È apenas mais uma tempestade.
Nada mais do que sentimentos despejados num papel.

Zan. Calin_Nazar

Eu penso nas flores, também.
Não que o mundo não tenha problemas.
Eu penso na beleza, também.
Não que eu não veja o que acontece de errado por ai.
Eu penso no Amor, Também.
Não que eu não veja as injustiças.
Eu penso em estudar, me formar, namorar, ter um futuro, ter amigos, um bom domingo e férias de fim de ano...
Não que eu não pense em quem nem tem a opção de pensar.
Eu penso no porque do passado, presente futuro.
e nas coisas muito mais além, meu bem!

05 outubro, 2008

Não remoa coisas que já viraram pó!
Até que eu morra e vire incenso.
Até que tudo o tudo vire poeira!
Não tem como moer ou remoer o que já virou cinza.

Querer um pouco daquela alegria,
Não, agora é apenas aquela minha velha nostalgia.
Nostalgia é tão nossa.
Que não adequamo-nos nessa década.

Essa saudade é tão nossa.
Queremos tudo que lemos mais não escrevemos historias pra serem lidas.
Precisamos criar mais saudades.
Novos momentos para sentir falta.

Ou futuramente sentiremos falta de como sentíamos falta do passado que nem vivemos?
Á vida então esta se resumindo em sentir saudade,
A lermos os já acontecidos,
A lembrarmos do quão bom foi ano passado...
E...não fazer uma nova história.

Quero fazer uma saudade que valha!

25-08-08

Zan Calin



Não mais!

Não alimentarei minh’alma com coisas fracas.
Nem mais tenho saúde sentimental para me apaixonar assim.
A única dificuldade em adotar tal atitude,
É que não tenho nada de substancial pro meu corpo e alma
E agora?
Decidido!
Nada então consumirei, nada além...

E não houveram atos no eixo desse querer.
Apenas esse escrachado desejo.
O fato assim notório do subto arrepio que nossos corpos sentem ao se encontrarem.
Ai...essa nossa lamentável fuga já esta me desnutrindo...
E quando lhe encontro, é sempre o mesmo arrepio dos ossos a alma

Zan. Calin...Nazar.

04-09-08