21 novembro, 2009

Havia um sax no meio do caminho...


Ando achando que tudo é meio sem sentido.
Ando pelas ruas buscando estrelas
E só o que vejo são postes, semáforos e faróis...
Num instante tudo se perde e eu entro em uma rua errada.
Meu peito grita arrancando um berro empurrado pelo diafragma,
meio grunhido e sem sentido.
Parece que no meio tempo entre desilusões vontades reprimidas e faltas,
A frase a ser gritada, já não é mais a frase que se deva gritar.
Ando tropeçando pelas calçadas a olhar pro céu procurando a lua e
Vejo algumas pessoas vendendo chapéus, relógios, incensos, sanduíches, trufas...
Continuo andando e vejo um cara tocando “o bêbado equilibrista” no saxofone.
E naquele instante, algo entre os faróis, semáforos, chapéus, incensos e trufas, se tornou uma música toda cheia de estrelas e lua.
Então eu paro, fecho meus olhos para escutar a cidade.
È no meio daquela falta de sentido
Que eu me deixo sentir o sax,
A música me aguça...
Isso faz sentido?
Zana Candido
21-11-09